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Meu Primeiro Aquário - (Dicas e Orientações para Iniciantes)

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Mensagem por Admin Sex Fev 05, 2016 11:29 pm

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Para quem está apenas iniciando na Aquariofilia Amadora é perfeitamente normal que um misto de ansiedade e dúvidas influenciem as decisões e escolhas de todo iniciante. Qual o tamanho ideal do aquário? Que tipo de equipamentos e acessórios devo comprar? Quais os melhores? Quais espécies de peixes posso colocar no meu aquário? Quais os tipos de alimentação são apropriadas e mais indicadas?... Essas são apenas algumas das principais dúvidas que, em muitos casos, inclusive acabam induzindo o iniciante a cometer enganos e erros que podem tornar muito frustrante a sua iniciação na Aquariofilia. E para evitar ao máximo esses riscos – a primeira e mais importante regra que todo iniciante deve aprender e levar sempre muito a sério é “Respeitar a Natureza”. Afinal, é ela quem fornece todos os recursos dos quais todos os seres vivos necessitam para garantir sua sobrevivência. Ainda que seja artificialmente, simular esses recursos naturais sempre foi o maior desafio da Aquariofilia.

Para ser bem sucedida, a iniciação na Aquariofilia requer estudos por meio de pesquisas e um planejamento detalhado baseado nas seguintes etapas:

1º) O TAMANHO DO AQUÁRIO: Antes mesmo de pensar em adquirir e ou montar o seu primeiro aquário, o Aquariófilo Iniciante deve planejar detalhadamente as características de cada espécie de animal que irá povoar o aquário – ao que se refere ao tamanho, tipo de pH de água, alimentação e comportamento especialmente em relação a convivência com outras espécies; além da quantidade de exemplares de espécies variadas que irão povoar o aquário. Uma superpopulação de peixes em um aquário muito pequeno é certeza de morte em série dos peixes por conta de problemas com a água, doenças e ataques de peixes de comportamento mais agitados e agressivos. Há uma regra geral que sugere que para se obter um aquário de tamanho ideal deve-se usar como base de cálculo 01l (litro) de água para cada centímetro do tamanho do peixe. De um modo geral, o mais recomendado é iniciar com aquários com capacidade a partir dos 80l ou 100l (litros), considerando que aquários muito pequenos exigem manutenção muito mais rigorosa e consequentemente dificultam o controle dos níveis dos elementos que interferem diretamente na qualidade da água e na vida dos peixes; como é o caso do pH, da amônia, dos metais pesados, entre outros. Como sugestão, um aquário com as seguintes medidas: 0,80cm (comprimento) X 0,40cm (largura) X 0,50cm (altura) – pode ser uma ótima alternativa e escolha para o iniciante; especialmente se o seu interesse é manter um aquário comunitário (com espécies variadas) e ou criar peixes de tamanho médio, como Kinguios, mini carpas, acarás, botias, entre outros. Vale salientar que, independentemente do cumprimento e da largura do aquário, não é recomendável que a altura seja superior a 0,50cm especialmente para evitar interferência e ou insuficiência no sistema de iluminação do aquário, indispensável a vida dos peixes e ao desenvolvimento das  plantas aquáticas; sendo que no caso de aquários plantados, o ideal é que o sistema de iluminação seja instalado a cerca de 0,35cm (altura). Confira a seguir, como calcular o volume de água do aquário.

O volume de água de um aquário pode ser facilmente obtido a partir de suas dimensões, bastando multiplicar o comprimento pela largura e o resultado encontrado deve ser multiplicado pela altura. O resultado obtido deve ser dividido  por 1.000 (litros). Por fim, para obter o volume real somente da água que ocupará o aquário, é fundamental descontar o volume ocupado pelo substrato de fundo, a decoração, equipamentos e acessórios que serão inseridos dentro do aquário; considerando ainda, que o aquário não deverá ficar cheio de água até sua borda. Para isso, basta descontar 15% do volume calculado. Para isso, basta multiplicar o resultado final obtido por 0,85. Veja no exemplo a seguir:
Dimensões do Aquário: Cálculo:

Comprimento = 80cm
Largura            = 40cm
Altura               = 50cm


80cm X 40 = 3.200
3.200 X 50 = 160.000
160.000 ÷ 1.000 = 160 litros
136 X 0,85 = 136 litros



2º) OS COMPONENTES DO AQUÁRIO: Indispensáveis a perfeita manutenção do equilíbrio biológico do pequeno espaço da natureza que o Aquariófilo Iniciante pretende trazer para dentro de sua casa - a escolha dos componentes do aquário é extremamente importante e deve ser rigorosamente criteriosa. Confira a seguir a nossa dica:

1) O SUBSTRATO DE FUNDO: Além de fazer parte da decoração, ele serve de suporte para a fixação das raízes das plantas e dos microorganismos necessários à filtragem biológica. O mais indicado é o areão de rio com granulametria média entre 3 e 5mm, inclusive para facilitar a manutenção periódica do fundo do aquário (remoção de detritos orgânicos por meio de sifonagem).

2) AS PLACAS BIOLÓGICAS: Os modelos mais comercializados são as grelhas de plástico. São fixadas no fundo do aquário antes da colocação do substrato de fundo. Juntamente com elas, é utilizado uma placa com um pequeno cone onde é fixada uma bomba para drenar e filtrar os detritos orgânicos que se acumulam no fundo do aquário. A utilização desse sistema requer bombas apropriadas e realmente eficientes. Estamos abertos a receber e respeitar opiniões contrárias; mas na nossa opinião, além de desnecessário, consideramos o uso de placas biológicas um tanto perigoso ao sistema biológico do aquário oferecendo riscos de contaminação da água por amônia. Presente especialmente nas fezes e urina dos animais aquáticos e nos restos dos alimentos industrializados que se depositam e se acumulam no fundo do aquário, a amônia é um elemento químico altamente tóxico que pode até matar todos os peixes em poucas horas.

3) FILTROS, AERADORES E AQUECEDORES: Podendo ser considerados como os principais componentes de todo aquário, as bombas e compressores de ar são responsáveis pelo sistema de filtragem e oxigenação da água; portanto, também requerem rigor na escolha. Atualmente, o mercado oferece uma infinidade de equipamentos e acessórios para aquários com modelos e custos para todos os gostos e bolsos. Contudo, o Iniciante deve considerar como mito a necessidade em se investir pesado em equipamentos e acessórios com tecnologias ultra avançadas; pois tecnologia nem sempre é sinônimo de qualidade e eficiência. Há produtos mais simples e baratos que suprem todas as necessidades do consumidor. Os rios (habitat natural dos peixes e outros seres vivos) dão provas incontestáveis disso. Um sistema de filtragem e oxigenação adequado aos padrões do aquário e realmente eficiente – é definitivamente suficiente para manter a boa qualidade da água, saúde e prolongamento do tempo de vida das espécies dos peixes. Damos atenção especial para os filtros biológicos externos por serem realmente eficientes, práticos e duráveis; sendo que além de realizar corretamente a filtragem da água, de certa forma também fornecem um bom nível de oxigenação da água – de forma natural; ou seja, simplesmente por efeito da água que sai do filtro e cai no aquário produzindo bolhas e o movimento da água. Há de se ressaltar ainda a sua praticidade por não ocupar espaço dentro do aquário e ser de fácil manutenção. Especialmente na Estação do outono e Inverno, quando a temperatura começa a cair gradualmente, o uso dos aquecedores é o acessório indispensável para garantir a manutenção da temperatura ideal do aquário.

4) CONDICIONADORES DE ÁGUA E MEDICAMENTOS: São produtos extremamente indispensáveis para a manutenção da boa qualidade da água, para prevenir e tratar doenças dos peixes. Anticloro, Produtos químicos para realização de testes e de controle dos níveis de pH e de compostos químicos, orgânicos e biológicos da água; além dos bactericidas e fungicidas compõem essa categoria.

5) DECORAÇÃO: Sem sombras de dúvidas, a decoração é o que dá o charme todo especial na aparência de qualquer aquário. Contudo, seja artificial ou natural, deve se tomar muito cuidado na escolha dos elementos que irão compor a decoração do aquário; pois além de interferir na qualidade da água, alguns elementos podem oferecer riscos de acidentes, ferimentos e até morte para os peixes. Vale salientar que, no caso de elementos naturais as plantas, rochas e troncos de árvore devem ser devidamente tratados antes de serem introduzidos no aquário; além de que, plantas podem contribuir com o surgimento e proliferação descontrolada de pragas e microorganismos nocivos, como caramujos, limbos, algas, fungos, entre outros.


3º) A ESCOLHA DO LOCAL PARA A MONTAGEM E PERMANÊNCIA DO AQUÁRIO: O local deve possuir todas as instalações que o aquário necessita, como tomadas e iluminação externa suficientemente apropriada. Por precaução, na prevenção dos riscos de acidentes com eventuais vazamentos ou até mesmo para facilitar a realização da manutenção do aquário por meio de limpeza e sifonagem com o uso de mangueiras e baldes – recomendamos a acomodação do aquário o mais próximo possível de portas e janelas; desde que se tome os devidos cuidados para que o aquário não receba luz solar diretamente e com muita intensidade para evitar aquecimento anormal da água; além da formação e proliferação descontrolada de limbo.


4º e último) A ESCOLHA DOS PEIXES: Conforme já fizemos questão de expor logo no início deste artigo – a escolha das espécies de peixes e outros animais aquáticos que se pretende introduzir no aquário deve ser muito criteriosa ao que se refere ao tipo de habitat, de pH de água, tipo de alimentação, tamanho e comportamento de cada espécie. Acima de qualquer coisa, a classificação do animal na cadeia alimentar e o seu comportamento em relação aos de mesma e outras espécies devem ser tratados com extrema atenção e cautela; afinal peixes grandes podem comer os peixes menores e peixes muito agitados e agressivos podem ferir e até matar peixes mais lentos e pacíficos. Contudo, não se deve subestimar jamais até mesmo as menores e mais pacíficas das espécies ornamentais; até porque, seja por conta do instinto natural de territorialismo, de reprodução, de defesa e de sobrevivência de sua espécie – eles podem se tornar agressivos e letais. “ISSO SE CHAMA LEI DE SOBREVIVÊNCIA NA NATUREZA!



ENFIM CHEGOU O TÃO ESPERADO MOMENTO: A MONTAGEM E POVOAÇÃO DO AQUÁRIO.


Eis que surge a grande dúvida e pergunta de todo Aquariófilo Inciante: “- Meu aquário está pronto e agora já posso enchê-lo de peixes?”

A resposta é: ABSOLUTAMENTE NÃO!

O aquário ainda é muito novo e antes de introduzir qualquer espécie de vida dentro dele a água precisa passar por um processo de maturação (chamado de Ciclagem na Aquariofilia Profissional) através do qual se obtém a eliminação total de todos os compostos químicos nocivos da água e, ao mesmo tempo, a geração de todos os micoorganismos biológicos benéficos importantes a manutenção da qualidade da água, de forma que ela fique o mais próximo possível da água natural dos rios. O processo de maturação ou ciclagem da água do aquário requer que todos os sistemas de oxigenação, de aquecimento, de filtragem física e biológica da água se mantenham funcionando ininterruptamente durante o período de no mínimo 30 dias. Durante esse período, deve-se ainda realizar a TPA (Troca Parcial da Água) a cada 07 dias, devendo ser uma proporção de até ¼ do volume total da água. Deve-se ainda, monitorar e manter o controle dos níveis do pH da água com o auxílio dos condicionadores especiais de água – semanalmente e logo após a realização da TPA.

Após esse período é possível começar a introduzir espécies de peixes no aquário, começando com 01 ou até 03 peixes e monitorando o comportamento dos animais dentro do aquário novo – durante um período mínimo entre 07 e 15 dias. Por ser uma espécie muito resistente, ativa e barata a espécie  (Danius Rérius) popularmente conhecida como PAULISTINHA é uma excelente sugestão para que o Iniciante possa verificar e chegar a uma conclusão de que o seu aquário já está ou não pronto para ser povoado de peixes e outros seres aquáticos ornamentais.


RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES NA AQUISIÇÃO DE PEIXES EM LOJAS DO GÊNERO:

1) Buscar o máximo de informações possíveis sobre o peixe que se deseja comprar junto ao vendedor ou criador. Realizar pesquisas na internet também é uma ótima alternativa.

2) Avaliar as condições de limpeza, de organização e de manutenção dos aquários da loja.

3) Observar atentamente o comportamento dos peixes no aquário: Peixes sem cor / apáticos / / com pontos brancos ou avermelhados pelo corpo / flutuando de cabeça para baixo /  parados por muito tempo no fundo do aquário e eventualmente saltando até a superfície apenas para tomar ar e em seguida retornando para o fundo - é sinal de doenças.


CUIDADOS ESSENCIAIS NA INTRODUÇÃO DE PEIXES NOVOS NO AQUÁRIO:

1) Evitar movimentos bruscos no saco de transporte dos peixes ao retira-los da loja para evitar estresse do animal.

2) Os peixes devem ser introduzidos no aquário sem ser retirados do saco de transporte pelo período de até 30 minutos para que a água do saco atinja a mesma temperatura da água do aquário. Após cerca de 10 minutos, abra o saco, coloque uma pequena porção de água do aquário. Se preferir, desinfete o peixe pingando uma ou duas gotas de fungicida e ou parasiticida na água do saco de transporte.

3) Após 30 minutos, o peixe pode ser retirado do saco com uma rede especial – não devendo jamais, ser despejado dentro do aquário com a água do saco, afim de evitar riscos de contaminação da água e doenças vindas da água dos aquários da loja.


CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO DOS PEIXES:

“Reza um antigo ditado que diz que é mais fácil um peixe de aquário morrer de tanto comer do que de fome”.

É apenas nos valendo dos nossos pouco mais de 16 anos de experiência na Aquariofilia Amadora e Profissional que asseguramos que essa questão que envolve a alimentação dos peixes não passa de uma crendice sem fundamento de muitos aquariófilos amadores e até mesmo alguns que se auto intitulam como sendo profissionais.

Peixes não morrem de tanto comer, até porque, como qualquer outro ser vivo, ao ter sua fome saciada eles obviamente param de comer. Quando justificada por conta de alimentação, a mortandade de peixes sempre está relacionada a intoxicação e ou desnutrição por ingestão de alimentos estragados e ou de má qualidade; ou ainda, por conta de doenças e ou desequilíbrio biológico da qualidade da água; normalmente, gerados pelo acumulo excessivo de detritos orgânicos (restos de alimentos e dejetos dos peixes) que são depositados no fundo do aquário ao longo do tempo. Daí a importância do iniciante aprender que alimentar corretamente seus peixes, basicamente consiste em sempre oferecer alimentos de qualidade e balanceados; além de estabelecer uma rotina de tratamento; ou seja, estabelecer horários fixos para tratar dos peixes e controlar rigorosamente a quantidade de alimentos fornecidos, de forma que a dosagem diária não seja insuficiente ou seja excessiva acabando no fundo do aquário e futuramente resultando em problemas e doenças graves. O mais indicado, é oferecer uma alimentação balanceada e diversificada (2X ao dia), de preferência alimentos que demorem para afundar na água e de forma gradual; ou seja, aos poucos e sempre observando o tempo que os peixes levam para devorar os alimentos.


DICAS DE MANUTENÇÃO DO AQUÁRIO:

Há quem inicie na aquariofilia e tão logo desista justificando que cuidar de aquários dá muito gasto e trabalho. Mas para quem tem paixão por esse hobby e profissão, os termos ‘muito gasto e trabalho’ é substituído por ‘paixão, amor pela vida aquática e pela natureza; além de uma ótima terapia e filosofia de vida’. A AQUARIOFILIA é exatamente isso: Consiste em simular e manter um pequeno espaço da natureza dentro de casa. E como qualquer outro hobby ou ofício, envolve a necessidade de gastos e dedicação de tempo disponível. Mas ao longo do tempo, quando se adquiri experiência e se consegue estabelecer o equilíbrio do aquário, todos esses aspectos negativos são significativamente reduzidos e convertidos em puro prazer e satisfação.

Basicamente, cuidar de um aquário se resume em monitorar a qualidade da água e da saúde dos peixes realizando uma manutenção periódica através de sifonagem, TPAs (Trocas Parciais da Água), medições e controle dos níveis de pH e dos compostos químicos da água por meio de produtos específicos; sendo que, o mais indicado é realizar todos esses procedimentos semanalmente ou ao menos uma vez a cada 15 dias.

Neste artigo você obteve todas as orientações de que tanto necessita para montar o seu tão sonhado primeiro aquário. Esperamos que você tenha tido uma leitura construtiva e muito aprendizado útil. Conte sempre conosco!

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